Projeto resgata brincadeiras antigas de Balneário Rincão
Com o objetivo de identificar, registrar e divulgar os jogos e brincadeiras realizadas por crianças que viveram ou veranearam no Balneário Rincão, entre as décadas de 1940 a 1970, a Secretaria de Educação, em parceria o Museu Arqueológico, desenvolveram o projeto “Como nossos avós: o encanto e a criatividade de jogos e brincadeiras infantis de outrora”.
Na tarde desta terça-feira, 18, os alunos da Escola de Ensino Fundamental Arroio Rincão ouviram a contação de história “No meu tempo era assim…” e conheceram os brinquedos e brincadeiras que divertiam os avós antigamente. Entre os brinquedos estão o entrude – que era uma brincadeira de se molhar – , bolinha de gude, amarelinha, bambolê, pular corda, etc.
Durante a construção do projeto foram entrevistadas 44 pessoas, com idades entre 50 a 80 anos, que viveram a infância nas décadas de 40 a 70 no Balneário Rincão. Um destes entrevistados foi o morador de Balneário Rincão, o pedreiro José Geraldo dos Santos, 68 anos. Ele ficou emocionado ao lembrar-se dos tempos de criança e das brincadeiras.
“A gente acha que é esquecido porque as coisas se perdem com o tempo. É admirável a ideia deste projeto. Quando eu era criança brincava de canoa em dias de chuva, mas naquele tempo a água era limpa. Era tudo muito diferente. Eu nem tinha noção de como ia ficar o Balneário Rincão”.
O projeto resultou em três etapas. A primeira é o Dia D, que é a contação de histórias, depois a confecção de uma cartilha de brinquedos e brincadeiras antigas e a última etapa, uma oficina para os professores. O trabalho foi contemplado pelo Prêmio Edital Elisabete Anderle de estímulo à cultura, ano de 2014 e é de autoria das professoras Ana Maria Manaus Teixeira e Elisângela da Silva Machieski.
Amanhã, 19, as idealizadoras do projeto estarão apresentando a contação de histórias na Escola de Ensino Fundamental Amélia de Souza, do bairro Barra Velha, nos períodos matutino e vespertino. No próximo mês, será lançada a cartilha didática “No meu tempo era assim…”, que também faz parte do projeto.
