Filhote de baleia franca encalha no Balneário Rincão

Um filhote de baleia franca foi encontrado encalhado vivo e morreu pouco depois, antes de uma tentativa de resgate fosse efetuada no final da manhã de sexta, dia 11, em Balneário Rincão. Moradores visualizaram o animal e acionaram a Polícia Ambiental de Maracajá que imediatamente contataram a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca/ICMBio.  Equipes da coordenação do protocolo deslocaram-se até o local no inicio da tarde. O filhote aparentava ter poucos dias e não tinha lesões externas. O animal era um macho, medindo 4,60 metros de comprimento. A necropsia foi realizada na manhã de sábado e amostras de tecido foram colhidas para identificação da causa da morte. Em análise preliminar, foi identificado um hematoma do lado esquerdo próximo a cabeça que pode ter contribuído para o encalhe, provavelmente por colisão.

Para evitar riscos desnecessários às baleias e aos seres humanos, a APA da Baleia Franca recomenda que as pessoas mantenham uma distância prudente das baleias, preferencialmente a mais de 100 metros dos animais.

Participaram da ação a Associação R3 Animal, o Projeto Baleia Franca, a Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC/CERES, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc  e a APA da Baleia Franca/ICMBio, instituições integrantes da Redes de Encalhes de Mamíferos Aquáticos do Brasil (REMAB), criada pelo ICMBio em 2011 para melhorar o monitoramento e atendimento a encalhes e capturas de mamíferos aquáticos.

 

As equipes contaram com o apoio da Secretaria de Pesca, Agricultura e Meio Ambiente e Secretaria de Obras da Prefeitura de Balneário Rincão para a retirada do animal do local inicial, devido à previsão de forte ressaca, e posterior destinação adequada para a necropsia e sepultamento.

 

Protocolo de Encalhes da APA da Baleia Franca

O Protocolo de Encalhes da APA da Baleia Franca é um programa desenvolvido pela equipe da Unidade de Conservação Federal para prestar assistência aos mamíferos marinhos encalhados na unidade, estabelecendo assim diretrizes entre as instituições executoras deste plano para o desenvolvimento de ações coordenadas para o atendimento destes casos.

A coordenação do Protocolo de Encalhes na Unidade é formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Projeto Baleia Franca, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC/CERES, Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da UNESC, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Policia Militar Ambiental.

 

Baleias Franca

As baleias francas migram anualmente entre áreas de alimentação e reprodução. De julho a novembro a espécie vem para Santa Catarina para acasalar e procriar. O pico de ocorrência é em setembro, sendo os últimos indivíduos avistados em novembro. A principal área de ocorrência da espécie é na APA da Baleia Franca/ICMBio no litoral centro-sul de Santa Catarina. Porém, a presença em outras regiões do Estado pode ocorrer, e tem sido cada vez mais frequente em função do crescimento e recuperação populacional da espécie no Brasil.

 

Procedimentos em caso de encalhes e emalhes:

Como ajudar?

– Entre em contato com as instituições responsáveis

Em caso de emalhes:

– Não tente remover a rede

– Registre o local da ocorrência

– Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso, para que possa ser avaliado.

Em caso de animais vivos encalhados na praia:

– Não tente devolver o animal para a água, pois pode ser perigoso devido ao tamanho e peso do animal.

– Ajude a isolar a área mantendo pessoas e animais domésticos afastados

– Obtenha fotografias do animal, possibilitando a identificação da espécie e documentação do caso.

– Colabore com a sensibilização e a conscientização da comunidade

Proteja a sua saúde

– Os animais encalhados podem transmitir doenças aos seres humanos.

– Evite respirar o ar expirado pelos animais.

– Não se aproxime da cauda. São animais grandes em situação de debilidade física, que podem se tornar ariscos com a aproximação de outros indivíduos e causar ferimentos.

As principais leis e normas brasileiras de proteção aos cetáceos são a Lei 7643/87, que proíbe a caça e o molestamento de cetáceos em águas brasileiras, a Lei 9605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), o Decreto 6514/2008, o qual em seu artigo 30 descreve o molestamento de cetáceos como infração ambiental com multa prevista de R$ 2.500,00 (caso a prática da infração ocorra em unidade de conservação, a multa é aplicada em dobro), e a Portaria IBAMA 117/1996 que descreve as práticas consideradas molestamento intencional de cetáceos.

SERVIÇO

Contatos

– APA da Baleia Franca/ICMBio: (48) 3255-6710/ 991705077

– IBAMA/SC: (48) 3212-3368/ 3212-3356/ 32123300

– Projeto Baleia Franca: (48) 3255-2922/ (48) 9919-4400

– UFSC / Laboratório de Mamíferos Aquáticos: (48) 37217150

– Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da UNESC (Criciúma): (48) 3431-2573

– UDESC: (48) 9696-6025

– Polícia Militar Ambiental: Laguna:(48) 3647-7880/ Maciambú: (48) 3286-1381/ Florianópolis: (48) 36654770/ Rio Vermelho: (48) 36654487 / Maracajá: (48) 3529-0187

– Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS): 0800 642 3341